"... Lendo as matérias jornalísticas e ouvindo os comentários sobre o assunto nos programas de TV, não pude deixar de ficar revoltado... Com a hipocrisia reinante em nossa sociedade! Hipocrisia sim! Pois não somos nós que exigimos a vitória a qualquer custo, atribuindo ironicamente a frase o importante é competir aos perdedores? A coisa funciona mais ou menos assim: Você é atleta e sabe que fama, sucesso e dinheiro vêm com resultados esportivos! Mas não com qualquer resultado, mas sim somente com a vitória. E você faz tudo o que está ao seu alcance para obtê-la. Submete seu corpo a um árduo treinamento físico, horas e horas a fio, abrindo mão, em plena juventude, de descobrir as loucuras da paixão, do amor, da vida... Sua cabeça não pode estar naquela menina/mulher ou menino/homem que faz seu coração como que pular pela boca, e sim na competição que se avizinha. Focado, dizem... Você tem que estar focado! Com os treinos vêm os resultados e deles, seu salário. Salário sim, pois você tem com o Esporte uma relação de trabalho. É... Você é um trabalhador da bola, das pistas, das barras assimétricas e coisas e tais... Mas eis que os resultados começam a ficar cada vez mais difíceis de serem obtidos e por mais que aumente a carga de treinamento, seu corpo já não responde a ele como antes... Mas você aprendeu que seu patrocinador só lhe patrocina porque você vende com suas vitórias o que ele deseja vender... Seu salário está intimamente vinculado a elas... As entrevistas e notícias de jornal estão diretamente ligadas ao seu sucesso... Então você diz: Tudo isso precisa continuar a existir, custe o que custar... Pronto! Está feito! Daí pro doping é um pulinho... Muitos sabem, mas fingem não ver o que está acontecendo com você. Afinal, você continua vencendo e dando o retorno que eles desejam... Aos produtores do produto que anuncia, aos dirigentes e torcedores do clube onde se encontra vinculado, ao país que une ufanisticamente sua bandeira às suas vitórias... Bem... Aí, um exame surpresa acusa aquilo que todos teimavam em não querer ver e... O mundo lhe cai sobre a cabeça! As mesmas pessoas que o glorificavam, agora lhe apontam o dedo acusando-o do crime mais vil: O uso do doping? Não! Ter se deixado pegar em flagrante, dando visibilidade a uma realidade que desejam mascarar, isso sim...Qual realidade? A única, insofismável: O doping não é manifestação patológica do esporte de alto rendimento e sim parte constitutiva de sua lógica. É isso. Simplesmente isso... O Esporte é uma prática social, portanto produto do trabalho humano, que traz em sua materialização as intencionalidades definidoras de nossas ações, as quais se dão em um determinado contexto e momento histórico. Neste ordenamento societário pautado pela exploração do Homem pelo Homem, somente a hipocrisia explica o ar de espanto e surpresa de muitos desavergonhados..."
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
TREINANDO NADADORES DE LONGA DISTÂNCIA
Os nadadores de longa distância devem dedicar-se a melhorar o limiar anaeróbio e aumentar o VO²máx.. Deve-se dedicar 40-50% da metragem diária as repetições de distâcias superiores as das provas em intensidade moderada. Outros 10-20% da metragem serão na forma de repetições em distâncias inferiores a das provas, de intensidade moderada e com curtos períodos de descanso. De 20-30% da metragem de treinamento devem ser na forma de repetições de meia distância para aumentar o VO²máx. Os treinos de velocidade com nadadores descansados devem compreender 500 a 800 metros por sessão, 3 sessões por semana. Os nados de velocidade com os nadadores cansados devem ser completados em 1 a 2 sessões por semana, totalizando 800 a 1000 metros por sessão. Deve-se dedicar 1 ou 2 sessões por semana ao treinamento de ritmo de prova e de tolerância ao lactato. Estas formas de treinamento podem ser combinadas com nados de velocidade, com os nadadores cansados. Os nadadores de provas de 400 metros devem unir-se aos nadadores de longa distância no começo da temporada se a segunda prova de competição for os 1500 metros.
TREINANDO NADADORES DE MEIA DISTÂNCIA
Os atletas de provas de competição de meia distância devem dar bastante ênfase as repetições que melhoram o VO² máx. e o limiar anaeróbio. Eles devem treinar duas vezes por dia pelo menos 5 dias da semana. Os exercícios para tolerância ao lactato e para ritmo de prova devem ser usados com parcimônia, talvez 1 a 2 sessões por semana, com 800 a 1200 metros por sessão. É conveniente fazer também algum trabalho de velocidade, de 3 ou 4 sessões por semana de 800 a 1000 metros por sessão é o suficiente. Os nadadores de competem nas provas de 200 metros e que têm como segunda prova os 400 metros, devem treinar com os nadadores de longa distância 2 dias da semana.
TREINANDO NADADORES VELOCISTAS
Os nadadores nas provas de 50, 100, 200 metros devem treinar pelo menos 5 dias da semana, embora se recomenda 6 dias por semana. Eles devem concentrar-se em aumentar a velocidade e melhorar seu limiar anaeróbio. O trabalho em velocidade deve constituir principalmente de "sprints" de 25 metros, ou menos. Talvez se deva dedicar uma distância de 800 metros a 1200 metros a este tipo de treinamento em velocidade máxima. Algumas repetições de alta intensidade com descanços curtos devem ser feitas para aumentar a capacidade aeróbia das fibras de contração rápida. Esses nados devem ser feitos em 3 a 4 sessões por semana, com séries de repetições totalizando de 800 a 1200 metros por sessão. Embora velocistas passem mais tempo fazendo exercícios detolerância ao lactato do que nadadores de meia e longa distância, a maior parte desse treinamento ocorre no período de competição. Não deve haver mais de uma ou duas sessões de treinamento de ritmo de prova ou de tolerância ao lactato por semana. A distância dedicada a esses exercícios deve ser aproximadamente de 800 a 1000 metros. Os exercícios para o limiar anaeróbio devem ocupar a restante da metragem de treinamento diário.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
1º FESTIVAL AQUÁTICO DO NUPEAA
Local: Parque Aquático UFPA/Campus Castanhal
Data: 30/06/2011
Horário: 17:00h
O festival será realizado para todos os participantes das aulas de natação e hidroginástica do projeto para todas as idades.
Data: 30/06/2011
Horário: 17:00h
O festival será realizado para todos os participantes das aulas de natação e hidroginástica do projeto para todas as idades.
EXERCÍCIOS DE FLUXO E PROCEDIMENTOS DE SENSIBILIZAÇÃO
Os exercícios em forma de fluxo e os procedimentos de sensibiliação devem ser feitos todos so dias. A natação com punho (mão fechadas) pode ser feita em todos os nados e em várias velocidades. O nadador deve sempre começar a braçada com a plama da mão voltada para fora. Os punhos devem ser mantidos levemente cerrados. A natação com o punho para os nados peito e borboleta é particularmente importante para treinar a rotação mão-antebraço e a flexão do cotovelo; também tem uma transferência positiva para os outros nados. Os nadadores devem estar cientes que a sensibilidade da pele - esfregar as mão, o uso de esponja, natação com punho, fluxo de túnel e exercícios de pressão dos dedos são muito importantes. A cada saída de baixo deve ser dado impulso na posição do exercício do navio (mãos lado a lado), ao invés de estar com as mãos sobrepostas. Estes impulsos permitem aos nadadores testarem a sensibilidade das mãos à pressão do fluxo. Os nadadores devem sempre resensibilizar as mão durante o treino, especialmente durante estágios intermediários do treino quando sentirem fadiga. Se isto for feito, os nadadores completarão o treino com mior sensibilidade a água. O técnico não deve permitir que os nadadores deixem de seguir estes procedimentos no transcorrer da temporada, porque, através das semanas e dos meses, muitos nadadores irão sentir uma melhora acentuada da técnica, resultando na melhora da habilidade de sentir e maniplar o fluxo da água.
SENSAÇÕES DE PRESSÃO CAUSADAS PELOS DIFERENTES MECANISMOS DE PROPULSÃO
A questão obvia neste ponto é: qual a diferença em sentir a água usando a mão como lâmina ou como remo? Quando a mão é usada como lâmina, a pressão de resistência é sentida na palma e o fluxo é sentido nas costas da mão e nos dedos, particularmente na pele sobre as articlações. A água também flui sobre a palma da mão, mas sua presença é sentida como pressão de resistência, não fluxo, porque a água flui mais lentamente sobre a palma da mão do que sobre as articulações, criando assim, uma área de maior pressão. O nadador sente esta pressão e não o fluxo. Quando a mão é usada como remo, a pressão de resistência também é sentida na palma da mão, mas não há sensação total na articulação por causa da separação do fluxo pelas bordas da mão, não somente em uma borda (a de arrasto) como no método laminar. Empurrar a mão como remo causa uma turbulência de arrasto excessivo na mão e resulta em perda de energia quando comparada com o método laminar.
Maglischo, E. W. Nadando o mais rápido possível, 3º ed. - Barueri, SP: Manole, 2010.
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